Por Fábio Alves
Nossa lua terrestre sempre nos cativou desde tempos remotos. Desde sua composição geológica até as especulações sobre possíveis estruturas, ela nos trouxe um misto de mistério e descoberta.
A Lua é o único satélite natural da Terra e o quinto maior do Sistema Solar. Sendo o maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu corpo primário, tem 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de 4,5 bilhões de anos, pouco tempo após a formação da Terra. A explicação mais coerente sobre a formação da Lua é de que tenha sido formada a partir dos detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro enorme corpo maciço.
A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma face visível, marcada por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras. É o astro mais brilhante no céu depois do Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de fases sempre fizeram da Lua uma importante referência linguística, em calendários, na arte e na mitologia. A influência da gravidade da Lua impacta as marés oceânicas e ao aumento do dia sideral da Terra. A sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um eclipse solar total.
A Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já pisaram. O Programa Luna, da União Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo dos Estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972. Estas missões recolheram mais de 380 kg de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história geológica e estrutura interna da Lua.
Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas por naves espaciais não tripuladas. Desde 2004, Japão, China, Índia, Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia enviaram sondas espaciais ao satélite natural. Estas sondas têm contribuído para confirmar a descoberta de água gelada em crateras lunares permanentemente escuras nos pólos e vinculada ao regolito lunar. Missões tripuladas futuras para a Lua ja estão planejadas, através de esforços de governos e do financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado no Tratado do Espaço Exterior, livre para todas as nações que queiram explorar o satélite para fins pacíficos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário