sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Alien - O Oitavo Passageiro (1979) e Alien - Covenant (2017)

Filmes Análise
Por Fábio Alves






O primeiro filme da franquia Alien foi lançado em 1979 dirigido pelo ainda jovem Ridley Scott. Chamado no Brasil de Alien – O Oitavo Passageiro (um subtítulo até criativo) trazia em seu elenco Tom Skerrith, Iam Holm, John Hurt e a promissora e novata na época Sigourney Weaver. Trazendo visuais e ambientação originalíssima, o filme se caracterizou por fugir de estéticas espaciais clean, trazendo um clima mais claustrofóbico e desolador, que se tornou marca registrada da série justamente por mostrar o espaço como algo amedrontador e perigoso ao lidar com o desconhecido.







Sendo um filme de terror e suspense com a ficção científica como pano de fundo, trouxe características marcantes como perseguição em ambientes fechados na já famosa nave cargueiro Nostromus e o surgimento da criatura lendária Alien hoje conhecida como da raça alienígena Xenomorfo. Mas o que torna o filme tão especial foi a direção que seguiu fielmente o roteiro enxuto e consistente de Dan O’Bannon que sempre primou por algo mais realista e científico.


Assim surge algo fascinante nesse primeiro filme que mesmo ao contextualizar toda uma exploração espacial, com grandes corporações que exploram minérios no espaço, consegue se focar em como seria um primeiro contato com uma forma de vida alienígena agressiva. O filme conta a história de 7 tripulantes de uma nave cargueiro trazendo de volta à terra toneladas de minérios. 




Mas em determinado ponto da viagem o sistema da nave acorda os tripulantes que estavam hibernando para responder a um chamado de uma fonte desconhecida. E esse sinal se descobre ser inteligente pela qual seria o único motivo da nave acordar a tripulação. Interessante a partir daí que há espaço relevante para conflitos entre os tripulantes e em especial um androide que não sabiam haver a bordo. 

Seguindo o protocolo mesmo sem a concordância de todos, parte da tripulação desce no planeta e descobrem que uma forma de civilização avançada tentou desesperadamente fugir de algo assustador (eventos mostrados no filme Prometheus de 2012), e na qual um da equipe é atacado por uma espécie incubadora que irá gerar no indivíduo a criatura Alien, explodindo o peito do portador para sair e gerando uma das cenas mais icônicas do cinema. Seu desenvolvimento é rápido e incorpora características desse portador como coluna, pernas e mãos muito maiores e cabeça totalmente diferente da humana porém com a mesma arcada dentária criando uma fusão assustadora.




O design da criatura é um parágrafo a parte. Criada pelo designer/pintor H. R. Giger, suas pinturas eram perturbadoras visualmente e ao mesmo tempo belas e enigmáticas, exatamente o que Ridley Scott buscava . Assim foi contratado e trabalhou no filme também desenvolvendo toda parte visual do exoplaneta, o design da outra civilização alienígena encontrada e todos os conceitos biológicos do filme. Assim Alien – O Oitavo Passageiro foi aclamado pela crítica e considerado um “clássico moderno de ficção científica, terror e poesia sombria num conjunto harmonioso” conforme avaliação do Rotten Tomatoes. Suas sequências são Aliens (1986), Alien 3 (1992) e Alien Resurrection (1997).




Em 2017 será lançado Alien – Covenant, uma prequel desse filme de 1979 e sequência de Prometheus de 2012 gerando grande expectativa. Espera-se que faça a ligação correta com o filme original. Partindo das imagens e recém trailer lançado já se deslumbra um clima mais claustrofóbico e de terror, com a criatura já desenvolvida semelhante ao original. 








Mas espera-se também respostas para vários mistérios deixados em aberto de Prometheus, dentre eles a fascinante origem da civilização vista fossilizada no Alien de 1979 e atuante em Prometheus.




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