Por Fábio Alves

Finalmente chegamos a conclusão da análise da trilogia de jogos fechando com Máfia III lançado em outubro de 2016. Depois de desenvolver Máfia II com seus estúdios próprios a 2K Games optou em passar a produção do recente jogo para a novata Hangar 13. De cara o que se destaca é a mudança tanto de ambientação quanto de narrativa. A história se passa em New Bordeaux, uma recriação fictícia de New Orleans, sul do Estados Unidos, numa época turbulenta onde movimentos de direitos civis, protestos anti racistas, guerra do Vietnã e assassinatos de líderes notórios são o estopim de uma violência descontrolada. Diante desse cenário surge Lincoln Clay, veterano da guerra do Vietnã que retorna para sua cidade com alguns traumas de guerra e após seu grupo ser traído pela máfia italiana, parte para uma vingança sem igual.


Sendo um game de mundo aberto, é fantástica a recriação geográfica de New Orleans, com suas comunidades, culturas locais, pântanos, etc. Mas semelhante à Máfia II, novamente há uma falta de criatividade nas missões, mesmo com a inclusão de algumas missões paralelas à trama principal, ficando uma grande cidade sem ter muito o que fazer.
E mesmo a trama principal sofre aqui quando o protagonista entra num transe de vingança onde cabe ao jogador apenas desmantelar negócios do chefão Sal Marcano, seja destruindo negócios ou assassinando líderes de seus diversos negócios. No início é divertido e empolgante mas com o game girando em torno de 30 horas para ser finalizado se torna repetitivo.
A sua jogabilidade é competente principalmente com a combinação de mira e cobertura, mas sem inovações, tendo grande quantidade de armas a disposição. Os veículos sofrem de um desequilíbrio quanto a física aplicada, ora danificando com um pequeno esbarrão em outros veículos, ora ficando inteiro com uma grande batida. Mas a sua dirigibilidade é realista para os veículos da época. Uma característica negativa é quanto a personalização do personagem ser inexistente usando o mesmo casaco militar o jogo todo. Mas futuramente a produtora abrirá esse leque de opções pois agora em dezembro de 2016 liberou gratuitamente a personalização de veículos. Mas a história é mesmo o ponto alto do game e as diversas cutscenes mantém um alto nível e as expressões faciais são as mais realistas e incríveis já criadas.
Com gráficos bonitos e bem polidos, com uma paleta de cores mais amarelada, o jogo desenvolve uma personalidade pra si, mas sofre com alguns bugs tanto em gráficos quanto de jogabilidade. É um jogo competente e até mesmo surpreendente pela sua intrigante história mas é recomendado que seja jogado de forma cadenciada e alternando talvez com outros jogos para não se tornar tão repetitivo a ponto de ser largado. Mas sua história vale muito a pena principalmente por ter se distanciado dos clichês de ascensão de máfia italiana. Tanto que ao final o jogador tem diversas opções quanto ao destino de Lincoln Clay.
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