segunda-feira, 6 de maio de 2019

Asteroides - O que são e quais as reais ameaças

Curiosidades
Por Fábio Alves





O que são?

Os asteroides são corpos rochosos e metálicos que possuem uma órbita definida ao redor do Sol. Fazem parte dos corpos menores do sistema solar geralmente com algumas centenas de quilômetros sendo que alguns possuem até satélites naturais orbitando-os.






Ceres é o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente novecentos quilômetros. Mas desde 24 de Agosto de 2006 passou a ser considerado também um planeta anão. Eles possuem brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções. Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é de cerca de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, situando-se entre as órbitas de Marte e Júpiter. Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides, sendo a fonte de pequenos corpos.







Alguns asteroides podem ter órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas Terra, Vênus e Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA ("earth-grazers" ou "earth-grazing asteroids"). Um deles é o famoso Eros. Há muitas técnicas utilizadas para se estudar suas características físicas: fotometria, espectrofotometria, polarimetria e radiometria no infravermelho. 








A superfície da maior parte deles é comparável à dos meteoritos carbônicos ou dos meteoritos pétreos. Segundo as teorias mais modernas, os asteroides seriam resultado de condensações da nebulosa solar original, mas que não conseguiram aglomerar toda a matéria em volta na forma de um planeta devido as perturbações gravitacionais provocadas pelo gigantesco planeta Júpiter. Outra teoria afirma que existia um planeta que foi destroçado pela sua proximidade com Júpiter, gerando esse cinturão.




Ameaças a Terra


Grandes asteroides com até um quilômetro de diâmetro podem se aproximar mais de 10 vezes a uma distância perigosa da Terra nos próximos 32 anos, informou o Antistikhia, Centro Russo de Monitoramento e Previsão de Emergências Naturais e Antropogênicas. Segundo eles até 2050 são esperados 11 eventos de asteroides se aproximando a uma distância menor do que o raio médio da órbita lunar (385 mil quilômetros). O tamanho dos corpos celestes variam entre 7 e 945 metros.








O asteroide mais perigoso é o 99942 Apophis, de 393 metros de diâmetro. Em 13 de abril de 2029, o astro passará a 38,4 mil quilômetros da Terra, que praticamente corresponde à órbita dos satélites geoestacionários (35,8 mil quilômetros), a uma velocidade de mais de 26.000 Km/h. 






A NASA divulgou uma animação em vídeo que explica melhor o percurso previsto do Apophis: vê-se a Terra ao centro, a deslocação da Estação Espacial Internacional na sua órbita (a roxo), vários pontinhos verdes que representam os satélites construídos e lançados ao espaço pelo homem e o asteroide a passar no limiar da zona ocupada pelos satélites.






O chefe da NASA, Jim Bridenstine, disse que "Temos de usar os nossos sistemas, usar as nossas capacidades para obter finalmente muito mais dados, e devemos fazer isso mais rapidamente. Sabemos que os dinossauros não tinham um programa espacial. Mas nós temos, e precisamos usá-lo", e relembrou o meteoro de 20 metros que explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro de 2013, a 22.500 metros acima da superfície terrestre, que caiu com um enorme trovão, soprando janelas, danificando milhares de edifícios na área e ferindo cerca de 1.500 pessoas com vidro despedaçado em sua maioria.




Na semana passada, a NASA anunciou união com parceiros internacionais para realizar exercícios teóricos sobre como lidar com um asteroide hipotético que se move rumo ao planeta Terra, além de estar se preparando para a sua primeira missão de redirecionamento de asteroides por naves espaciais, designada Teste de Redirecionamento Duplo de Asteroides (DART, na sigla em inglês), que está marcada para junho de 2021.



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