Curiosidades
Por Fábio Alves
O Santo Graal é um dos artefatos religiosos mais misteriosos do mundo. Essa relíquia trata-se do suposto calice que Jesus Cristo teria utilizado em sua última ceia com seus apóstolos. Tambem é uma expressão medieval adotada na literatura em que José de Arimateia colheu o sangue de Jesus durante a crucificação. A origem do Santo Graal é muito anterior ao cristianismo, existindo o termo entre os Celtas. A primeira referência a ele aparece num poema onde conta a busca do rei Arthur e seus cavaleiros por um recipiente mágico, na qual poderia dar novo sabor a alimentos, vida e vigor às pessoas.
Constituíção
Há muitas formas e relatos de como seria o calice de Cristo. Mas um consenso é que teria uma forma rústica e simples por ter sido usado por pessoas comuns da época do seculo I. Não teria adereços ou algum trabalho artesanal em sua constituição. Seria primariamente feita de barro com algum tipo de acabamento que mantivesse sua estrutura. Seria de pequeno tamanho e pouco chamativo.
Origem
A etimologia do Santo Graal tem inúmeras procedências, dentre as quais compara-se San Graal com SanG Real em referência ao imaculado sangue de Cristo coletado em um gradalis - cálice em latim. Com o brilho resplandecente das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às vezes aparece nas mãos de um anjo, às vezes aparece sozinho, movimentando-se por conta própria. Porém, a experiência de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos.
A primeira referência literária ao Graal é "O Conto do Graal", do francês Chrétien de Troyes, em 1190. Tratava-se de um poema inacabado de 9 mil versos que relata a busca do Graal, da qual Arthur nunca participou diretamente, e que acaba suspensa. Um mito por si só, "O Conto do Graal" é uma obra de ficção baseada em personagens e histórias reais que serve para fortalecer o espírito nacionalista do Reino Unido, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão
Destino
Mais de 200 itens apenas na Europa disputam o título de Santo Graal, onde teorias do destino final da relíquia estão espalhadas desde a Escócia até Maryland nos EUA. Porém há um lugar que pode ser considerado intrigante para portar a relíquia nos dias de hoje. A espantosa Catedral de Valência, na Espanha guarda o chamado cálice de Valência. Ele atrai peregrinos de todo o mundo e foi usado em cerimônias pelos papas João Paulo II e Bento XVI.
Com duas enormes alças de ouro e uma base incrustada de pérolas, esmeraldas e rubis, o cálice é majestoso e deslumbrante. Mas o calice verdadeiro é meramente a peça no topo, uma taça lavrada com ágata e polida com mirra. As alças e a base, que têm marcas do artesanato medieval, foram adicionadas muito mais tarde. Dentro da Catedral de Valência, em uma pequena e discreta sala lateral, envolto em vidro encontra-se o cálice repousado sobre um pedestal de ouro iluminado. E na sua inscrição esta bem claro que essa foi a taça usada por Jesus Cristo durante a Última Ceia, o Santo Graal.
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