Curiosidades
Por Fábio Alves
O planeta Saturno sempre foi a jóia do sistema solar. Com seus hipnotizantes anéis, sempre cativou os astronômos e mesmo curiosos com sua beleza e segredos. Mas as suas luas hoje tem um foco redobrado, com pesquisas recentes que trazem a tona fascinantes descobertas desde água em estado líquido até a probabilidade de processos orgânicos ou mesmo vida.
Mimas
Tétis
Dione
Dione é uma das maiores luas de Saturno, orbitando a 377,4 mil quilómetros de distância desse planeta, sendo o seu período orbital de cerca de 66 horas. Como resultado da fricção das marés, a rotação de Dione é proporcional ao seu movimento orbital, mantendo sempre o mesmo lado virado para Saturno. Uma das características mais surpreendentes de Dione é a rede de penhascos cintilantes numa superfície escura que deve ter surgido a partir de movimentos tectônicos, o que se revelou uma surpresa para os cientistas. As sondas Voyager confirmaram que existia uma crusta gelada, ou seja, a solidez do astro é composta aproximadamente por 60 % de gelo e 40 % rocha. Parece também mostrar que uma parte substancial do gelo derrete. Uma possibilidade é que as suas diversas fraturas parecem ser devidas a liberação de água e possivelmente metano.
Reia
Jápeto
Encélado
Encélado é o sexto maior satélite natural de Saturno. Foi descoberto em 1789 por William Herschel. Possui um oceano global de água líquida sob sua superfície gelada. Criovulcões no polo sul ejetam grandes jatos de vapor de água e outros voláteis como algumas partículas sólidas como cristais de gelo para o espaço Uma parte dessa água cai de volta sobre a lua como “neve”, outra parte é adicionada aos anéis de Saturno, enquanto outra parcela atinge o planeta. Encélado pode ser um dos melhores locais para que os seres humanos busquem por vida extraterrestre.
Encélado é um dos únicos três corpos do Sistema Solar exterior, junto com Io (lua de Júpiter) com seus vulcões de enxofre e Tritão (lua de Netuno) com “gêiseres” de nitrogênio, onde é possível observar erupções ativas. As análises da liberação de gás sugere que se origina a partir de uma massa de água líquida no subsolo, o que, juntamente com a composição química original encontrada na pluma, alimentou especulações de que Encélado pode ser um local importante para estudos em astrobiologia.
Titã
Titã é o maior satélite natural de Saturno e o segundo maior de todo o Sistema Solar, atrás apenas de Ganímedes de Júpiter. É o único satélite que possui uma atmosfera densa e o único objeto estelar além da Terra onde já foram encontradas evidências concretas da existência de corpos líquidos estáveis na superfície. Ele foi descoberto em 1655 pelo astrônomo Christiaan Huygens, o primeiro satélite natural de Saturno descoberto e o sexto do Sistema Solar. Titã é o sexto satélite elipsoidal a partir de Saturno, orbitando seu planeta à uma distância de 1,2 milhões de quilômetros. Ele é formado principalmente de gelo e materiais rochosos. Sua atmosfera densa e opaca impediu um maior compreendimento de sua superfície até a chegada da sonda Cassini–Huygens em 2004. Desde então vários dados já foram descobertos, incluindo a existência de lagos de hidrocarbonetos líquidos nos polos. O satélite tem uma superfície geologicamente jovem com poucas crateras de impacto, porém já foram encontradas várias montanhas e possivelmente criovulcões.
A atmosfera de Titã é composta principalmente de nitrogênio, com componentes menores tendo levado à criação de nuvens de metano e etano, além de névoas orgânicas ricas em nitrogênio. O clima inclui ventos e chuva, criando uma superfície similar a da Terra com a presença de dunas, rios, lagos, oceanos (provavelmente de metano e etano líquidos) e deltas, sendo dominada por padrões climáticos sazonais. Os líquidos de sua superfície junto a enorme abundância de nitrogênio na atmosfera criam um ciclo de metano análogo ao ciclo hidrológico da Terra.
Titã está no topo da lista dos corpos celestes onde se pode encontrar formas de vida primitiva. Como curiosidade, daqui a 5 bilhões de anos quando o Sol ampliar 50 vezes o seu tamanho, Titã vai receber a mesma quantidade de energia solar que a Terra recebe hoje. Hipoteticamente e por um curto período de tempo, o satélite poderia tornar-se num mundo oceânico onde a vida prospera. E Titã é maior que a nossa lua terrestre.
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