sábado, 4 de março de 2017

Logan - Crítica e futuro do Wolverine no cinema

Crítica Filmes
Por Fábio Alves

Hugh Jackman em X-Men de 2000

Quando Hugh Jackman assumiu o personagem Wolverine lá nos distantes 2000 no primeiro filme dos X-Men nos cinema, nos 30 segundos iniciais em cena ele já ganha o público. Expressão facial marcante, bruto, emburrado e todos os tiques do personagem dos quadrinhos transcrito pras telas com excessão de uma coisa: o ator tem quase 1,90m sendo que deveria ter no máximo 1,68m pois o personagem é baixinho. Mas tirando isso, o ator caiu como uma luva visto o sucesso ao longo de seus 17 anos interpretando o personagem e também por Hugh ser um ótimo ator, trazendo toda sua bagagem do teatro.






Assim chega ao fim de sua saga interpretando o mais famoso dos X-Men trazendo Logan como um filme austero, até mesmo depressivo e desolador em muitos momentos, mostrando o futuro trágico do universo dos mutantes, onde todos estão misteriosamente desaparecidos e o governo iniciou um programa de armas militares clonando crianças com poderes semelhantes aos extintos mutantes. A trama entrega um filme extremamente pessoal e humano, fugindo totalmente dos anos áureos dos heróis mutantes trazendo uma carga dramática e violenta como a muito os fãs esperavam. E isso veio logo no filme de despedida. De cara já apresenta um Logan cansado, melancólico dos erros do passado e em plena decadência física e mental, afogando no alcool suas mágoas. 








Mas protegendo a misteriosa menina Laura, codinome X-23, de um grupo paramilitar que quer capturá-la e os devidos cuidados com um moribundo e ainda interessante professor Xavier (Patrick Stewart mais um vez perfeito), o velho mutante ainda tem uma missão a cumprir. O filme foi meticulosamente montado, com uma paleta de cores mais amarelada que demonstra o estado esgotado de todos os personagens num mundo violento e desolador, lembrando até mesmo velhos westerns. 



E a licença da Fox para uma classificação mais elevada, assim como fez ano passado com Deadpool, traz uma violência mais real e bruta mas sem exageros, apenas seguindo a trama.





Assim a obra se fecha como única em seu universo num filme muito bom e coeso, pouco lembrando um filme de super heróis. Mas foi um risco calculado para apresentar algo mais maduro e por dar liberdade de idéias ao diretor e atores envolvidos ao entregar algo cobrado a muitos anos pelos fãs mais fanáticos. Termina então esse ciclo fabuloso do ator com seu marcante personagem e com certeza já entrou para a história do cinema.





Tom Hardy

E fica a pergunta: quem poderia substituir Hugh Jackman ao interpretar o invocado carcaju? Há inúmeras listas na web com diversas opções mas acredito que Emile Hirsch possa ser uma boa opção. Tem uma altura correta (1,68), ainda jovem com 31 anos e poderia iniciar uma nova série de filmes dos mutantes. E outra opção com um ator muito mais conhecido seria o carrancudo Tom Hardy que dispensa apresentações.


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