sábado, 14 de janeiro de 2017

Assassin's Creed (O Filme) - Análise

Filmes Análise
Por Fábio Alves


Quando a Ubisoft lançou o primeiro game da série Assassin's Creed em 2007 não imaginou a legião de fãs que iria seguir seu game até os dias de hoje. Contando com nove jogos principais lançados e outros secundários em diversas plataformas (mobile, consoles e pcs), construiu um legado para a empresa talvez até maior que o lendário Prince of Persia. Anualmente seus estúdios se revesaram para ampliar uma história de regressão genética até séculos atras onde o jogador tinha o controle de assassinos e presenciava a rivalidade entre esse credo de assassinos contra os templários, mesclando história com eventos fictícios e trazendo até personalidades históricas como Leonardo da Vinci e Napoleão Bonaparte.




Um filme de Assassin's Creed já era cogitado a algum tempo mas a indústria cinematográfica ainda tem receios de filmes baseados em games e a sua má fama junto a crítica especializada, principalmente pela pouca fidelidade ao material original ou mesmo seu nicho ser direcionado apenas ao publico juvenil e adolescente. Mas há esperanças de Hollywood desse gênero se tornar um grande produto e trazer retorno principalmente financeiro quando a febre dos super heróis passar um dia.




Trazendo grandes nomes no elenco como Michael Fassbender, Marion Cotillard e Jeremy Irons, o filme traz mais uma tentativa de adaptação dos games para o cinema mas sempre falta aquele toque final. Porém não é de todo inválido como a crítica mundial vem tratando. O filme traz elementos clássicos dos jogos como visual correto, movimentos de parkour perfeitos e a trama intricada que permeia todos os games da série em que há sempre a dualidade entre quem esta certo ou errado.







A história gira em torno da localização da maçã do éden (semelhante ao primeiro jogo da série) item que irá reger a humanidade em seu livre arbítrio e quem tiver de posse poderá liderar essa nova era, inclusive com a intenção de conter a tendência da violência humana. Porém as intenções da empresa Abstergo ao capturar o condenado a morte Callum Lynch (Michael Fassbender) são mais nebulosas ao fazer a regressão genética até seu ancestral Aguillar de Nerha, localizado no Espanha, e descobrir o paradeiro do item, sendo que ele foi o último a tê-lo em mãos. E com a ajuda da cientista Sophia Rikkin (Marion Cotillard) que criou o Animus, irão adentrar nas memórias de Callum para localizar esse item em tempos atuais e reativar a Ordem dos Templários.




Mas como toda adaptação há mudanças a serem observadas: a máquina utilizada para regressão genética, o Animus, se transformou num grande simulador de movimentos para as ações vividas pelo antepassado. Visualmente ficou interessante, as vezes um pouco exagerado e talvez se não fosse apresentado dessa forma teria mais tempo de tela as locações deslumbrantes da Espanha onde se passa a parte mais interessante do filme (regressão) e também dos games.




A trama fora da máquina até se justifica, sendo até interessante mas é desgastante e mesmo com o esforço do elenco se perde em alguns momentos pela falta de ritmo. As cenas que se passam na Espanha do século XVI é a mais relevante, bela visualmente e na ação, inclusive com o idioma espanhol original, mas também a mais curta, trazendo o credo de assassinos e o protagonista Aguilar de Nerha em ação, mesclada com movimentos dos games como parkour, lanças em pulso e o famoso salto de fé.




É um filme recomendado para fãs e novatos, respeitando o cânone do jogo e até ampliando, apresentando para novas audiências. Com fidelidade a todos os elementos do jogo, como visual, armas e regressão genética justifica-se as adaptações visto que se transportasse para as telas exatamente um dos jogos da série, fãs mais fervorosos iriam preferir jogar ao assistir. Portanto aí se justifica um nova história dentro do universo de Assassin's Creed.



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