Por Fábio Alves
Meses atras fiz uma matéria comentando sobre os planetas habitáveis mais próximos da terra estando a 13 anos luz de distância. Mas comentei que já tinham estudos sobre o sistema Alpha Centauri na qual poderia haver um planeta rochoso e com condições habitáveis a 4.2 anos luz. E se confirmou.
Estudos liderados por uma equipe européia, utilizando dois espectrógrafos, o HARPS do observatório La Silla e o UVES, ambos no Chile, localizou um planeta rochoso, 1.3 maior do que a terra e com condições aparentemente favoráveis a vida como a conhecemos. Esse planeta, nomeado Proxima b, encontra-se orbitando em zona habitável a estrela anã vermelha Proxima Centauri. Completa sua órbita em 11 dias terrestres e aparentemente sua rotação é sincronizada, mostrando sempre um mesmo lado para a estrela.
Estrela muito mais fria que nosso sol, as condições são muito diferentes nesse sistema pois o planeta se encontra muito mais próximo dela do que nossa terra para o sol. Então apesar de não receber tanto calor assim por a estrela ser mais fria, recebe muito mais radiação, que seria uma dificuldade para o desenvolvimento da vida.
Essa radiação é expelida regularmente pela estrela em decorrência de uma série de explosões, que pode ter ejetado a sua atmosfera e consequentemente água líquida. E os cientistas também não sabem ainda se o planeta possui um campo magnético que o protegeria dessa radiação.
Portanto os próximos anos serão de plena observação desse novo exoplaneta. Com o lançamento próximo do telescópio James Webb com certeza será muito mais fácil sua observação e principalmente a coleta de dados técnicos que possam nos dar informações concretas de suas condições. E os mesmos cientistas já declararam que apesar das condições aparentemente radioativas do planeta, não necessariamente impossibilitou o desenvolvimento de possíveis formas de vida nesse planeta.
Irei apresentar numa próxima matéria os instrumentos e condições atuais para uma possível viagem de uma sonda até o local pois esses 4.2 anos luz de distancia do ponto de vista astronômico não é nada mas para nós equivale a milhares anos de viagem com nossos instrumentos atuais. Mas há estudos avançados para diminuir isso nos próximos 20 anos. Até a próxima !!
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