Por Fábio Alves
O planeta gasoso Jupiter tem 79 luas descobertas até agosto de 2018. Mas dentre elas 4 grandes luas se destacam: Europa, Ganimedes, Io e Calisto. Os cientistas se desdobram cada vez mais para descobrir seus segredos principalmente analisando dados de sondas recentes que visitaram Jupiter. Assim irei trazer as maiores descobertas dessas quatro grandes luas de Jupiter descobertas em 1610 por Galileu Galilei.
Calisto
A provável presença de um oceano dentro de Calisto deixa aberta a possibilidade de que possa abrigar vida. Curiosamente por causa dos baixos níveis de radiação em sua superfície, Calisto tem sido considerado o local mais adequado para uma base para a futura exploração humana do sistema de Júpiter. Com uma tênue atmosfera composta de dióxido de carbono, há uma composição de aproximadamente partes iguais de material rochoso e gelo de água, com alguns gelos voláteis adicionais como amônia. A composição exata de componentes rochosos de Calisto não é conhecida.
Io
Ligeiramente maior que a nossa Lua terrestre, Io é também a quarta maior lua do sistema solar. Mesmo com o seu tamanho modesto e apesar de estar localizada num local frio do sistema solar, Io é descrita como o que mais se aproxima do conceito de inferno em todo o sistema solar, já que é o local com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. Os seus vulcões chegam a atingir temperaturas de 1.700ºC, mais quentes que os vulcões da Terra. As rochas de silicatos são predominantes na sua composição. Ao contrário das outras luas de Galileu, Io tem pouca ou nenhuma água. Isto acontece provavelmente porque, no início do sistema solar, Júpiter era quente o suficiente para afastar os elementos voláteis junto à sua superfície (o que inclui Io), mas não para fazer o mesmo com as outras luas. Io é muito diferente das outras três grandes luas de Júpiter, dado possuir vulcões e uma superfície rica em enxofre, dando-lhe um aspecto único e colorido.
Ganimedes
É o principal satélite natural de Júpiter, e o maior do Sistema Solar, sendo maior que o planeta Mercúrio em termos de tamanho (mas não de massa). Esta gigantesca lua orbita Júpiter a 1,07 milhões de quilómetros de distância. Ganímedes é visível a olho nu, mas apenas em condições favoráveis e por aqueles com boa visão. É a única lua do sistema solar que possui um campo magnético, além de ser o primeiro objeto descoberto orbitando outro planeta. O satélite possui dois tipos de terrenos principais; regiões esbranquiçadas (provocadas por impactos de asteroides e erosões), e regiões escuras, devido ao silicato presente em sua superfície.
Ganimedes foi mapeado e explorado pelas sondas Pioneer 10, Voyager 1 e Voyager 2. Ganímedes é composto por rocha de silicatos e gelo de água, com a crosta de gelo flutuando sobre um manto lamacento que pode conter uma camada de água líquida. Seus oceanos comportam seis vezes mais água do que qualquer oceano da Terra, e três vezes mais do que a lua Europa. Um oceano profundo abaixo da crosta gelada de Ganimedes abre possibilidades empolgantes para a vida além da Terra. Será estudado pela sonda Juice futuramente.
Europa
Os recentes dados da sonda Galileo mostraram que a Europa possui um campo magnético induzido através da interação com Júpiter, o que sugere a presença de uma camada condutora subterrânea. Esta camada é provavelmente um oceano líquido salgado. Europa é o objeto conhecido mais liso no Sistema Solar, sem características de grande escala, como montanhas e crateras. Suspeita-se que a vida extraterrestre possa existir no oceano por baixo da crosta de gelo, talvez subsistindo como os seres vivos que vivem em condições semelhantes na Terra, já que Europa tem elementos essenciais para a vida como a conhecemos: água, calor e compostos orgânicos. Ou seja, em respiradouros hidrotermais como no fundo dos oceanos ou como no Lago Vostok da Antártida.
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