Por Fábio Alves

Dia 7 de junho de 2018 a Nasa fez uma declaração surpreendente: Encontrou moléculas orgânicas em rochas de três bilhões de anos, indicando evidências de que pode ter existido vida no planeta vermelho.
A sonda Curiosity perfurou diversas rochas de uma cratera chamada Gale, que se formou ao longo de três bilhões de anos e se acumulou no local onde um dia existiu um lago. A sonda utilizou um aparelho conhecido como SAM (Sample Analysis at Mars) para aquecer as amostras e liberar as moléculas orgânicas das pedras. Assim foram encontrados traços de elementos como enxofre, carbono, propano, buteno, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que geralmente estão relacionados com a presença de vida. Mas a Nasa ressalta que é possível também que tenham sido criadas por outros processos não biológicos na qual não seriam indicativos de vida.
Jen Eigenbrode do Centro de Voo Espacial Goddard comentou também que "Seja um registro de vida antiga, alimento para vida, ou a ausência dela, a matéria orgânica encontrada em Marte dá pistas sobre os processos e condições químicos do planeta". Essa descoberta também ressalta o potencial que o planeta vermelho tem de abrigar vida no futuro. Apesar de não ser habitável hoje, Marte já teve um clima que favoreceu a existência de água líquida em sua superfície, abrindo margem para uma futura habitabilidade.
Outra descoberta relevante foram as detecções de variação de metano na atmosfera de Marte. Foram observadas essas alterações ao longo de três anos marcianos (quase seis na Terra), mas ainda não sabem ao certo a origem delas. "Essa é a primeira vez que vemos uma repetição na história do metano, o que nos dá margem para entender seu contexto em Marte", disse o pesquisador Chris Websters, do Laboratório de Propulsão da NASA.


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