Por Fábio Alves
Os rumores de novos consoles ou revisões por parte da Sony e Microsoft surgiram em meados de 2015 quando a atual geração de consoles, Playstation 4 e Xbox One tinham apenas dois anos de existência. Logo de cara o que surpreendeu foi que não seriam apenas versões slim dos mesmos aparelhos como aconteceu nas gerações anteriores. Foi prometido upgrades de hardware, coisas até então inéditas no mercado de games, com melhorias tanto em capacidade gráfica quanto melhores resoluções chegando até a 4K.
Já foram divulgados nos últimos meses os novos consoles: Playstation 4 Neo e Project Scorpio (Novo Xbox). Dentre inúmeras teorias sobre essa nova prática na industria de games, destacou-se que seguiriam o modelo de smartphones, em que todo ano são lançados novos modelos, com pequenas melhoras, e as vendas e lucros permanecem.
Mas o mercado de smartphones é algo totalmente diferente. Desde o início esse modelo comercial foi adotado pelo mercado, visto os inúmeros aparelhos e modelos a venda da mesma fabricante mudando pouca coisa entre uma versão e outra. Comercialmente tem dado certo mas fico imaginando a quantidade de lixo tecnológico que tem se acumulado no planeta principalmente nos grandes países em que essa prática de troca é comum.
Agora trazer esse modelo para os consoles de mesa seria para não perder mercado de jogos para os smartphones que tem subido e lucrado absurdamente. Nesse ponto de vista e pensando financeiramente teria fundamento. O problema será convencer milhões de gamers no mundo todo, que compra seu console favorito e espera que fique no mínimo cinco anos sem precisar trocá-lo. Outra justificativa para esse upgrade seria a velocidade da tecnologia que esse consoles não acompanham.
Mas nas gerações anteriores sempre ficaram nas mãos das produtoras e desenvolvedoras criarem jogos incríveis que rodam além das limitações de hardware. A criatividade sempre prevaleceu. Exemplos não faltam como Gran Turismo 4 no Playstation 2 que roda a 1080i de resolução com gráficos fabulosos ou Grand Theft Auto 5 que roda no Playstation 3 e Xbox 360 com apenas 512 de ram com aquele mundo aberto absurdo. A meu ver atualmente há uma certa negligência em otimizar recursos por parte das produtoras para desenvolver games nos hardwares dos atuais consoles. Querem sempre mais poder mas entregam jogos bugados nos lançamentos restando a nós baixarmos de dois a cinco gigas de atualização, em média, para consertar algo que já deveria vir 98% concluído.
Caso essa prática se concretize, os novos consoles não poderiam ser muito mais caros que os atuais para valer a pena. Os Pcs para jogos sempre tiveram a liberdade de hardware para upgrades porém com um custo muito mais alto. Porém a longo prazo valeria a pena pois a vezes basta trocar uma placa de vídeo para ganhar uns três anos de sobrevida. Já os consoles teriam de trocar a versão como os smartphones atuais. 
Assim restam muitas dúvidas de como o mercado irá absorver essas mudanças e se dará certo. E para nós jogadores mais dúvidas ainda. Quem comprou um console de nova geração esta confiando que os jogos a serem lançados virão para os novos consoles e atuais como prometidos pela Sony e Microsoft. Quem não confia esta esperando. E que tem dinheiro sobrando talvez um Pc Gamer seja o mais indicado.
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