Por Fábio Alves
Quando surgiu em 1977, Star Wars foi descrente até mesmo para os
atores envolvidos na produção. Achavam boba a trama, criaturas
e robôs que faziam parte das cenas que rodavam, e o cinema de ficção não estava em seu melhor momento. Pouco tempo depois se
surpreenderam com o sucesso do primeiro filme e a legião de fãs criada
principalmente no EUA, tornando-se um fenômeno cultural.
Com os
filmes subsequentes, concluindo a trilogia clássica, consolidou o fenômeno e
tornou-se uma das maiores sagas do cinema e das mais rentáveis, tornando seu
criador, George Lucas, um bilionário. Deve-se destacar que o visionário criador
sempre foi de ótima performance tecnológica mas um diretor médio, não tendo
muitas afinidades com os atores. Tanto que os filmes seguintes foram dirigidos
por outros cineastas.
Nos
finais dos anos 90, inicio dos anos 2000
surgiu uma nova trilogia, episódios I, II e III, situada muitos anos antes da trilogia original (episódios IV, V e VI), mostrando os eventos que criaram o antagonista da trama (Darth Vader)
e mostrando uma trama mais politizada e com muitos efeitos especiais, mas muito
criticada por excessos desses efeitos e com uma trama irregular e as vezes
desinteressante, com atores medianos. Ainda sim, manteve o auge da série com
ótimo retorno financeiro e trazendo novos fãs para a saga.
Em
2012, George Lucas, talvez cansado da franquia ou mesmo sem novas inspirações
decidiu vender sua franquia para a toda poderosa Disney por um pouco mais de 4
bilhões de dólares. Assim as expectativas dos fãs foram a mil tanto pelos recursos
financeiros da casa do Mickey quanto pelo anuncio imediato de uma nova
trilogia. A alegria dos fãs foi completa quando foi anunciado o diretor J.J.
Abrams, revitalizador de várias franquias populares como Star Trek entre outras.
Assim
surgiu Star Wars VII – O Despertar da Força. Um filme muito equilibrado entre antigos
personagens e novos, introduzindo uma nova história mas ecoando a antiga, se
passando 30 anos após os eventos de O Retorno de Jedi. Personagens clássicos
estão de volta como Han Solo, Chewie, e os irmãos Léia e Luke Skywalker. Tudo
que os fãs esperam estão lá, desde referências clássicas até o clima sujo e
carregado que tanto caracteriza a franquia.
Os
efeitos especiais são práticos e muito táteis, caracterizando peso tanto das
aeronaves quanto dos cenários, tornando tudo mais realista dentro do contexto,
rebatendo a nova trilogia que tanto exagerou dos efeitos, tornando tudo muito
superficial. Mas as melhores coisas do novo filme são seu novos personagens,
com ótima performance de Daisy Ridley (Rey), John Boyega (Finn) e Oscar Isaac
(Poe Dameron) trazendo sangue novo a mitologia e renovando.
O novo
filme já estreou batendo recorde de bilheteria principalmente nos EUA,
reafirmando seu status e pavimentando uma ótima nova trilogia. Quanto a
história se destaca um novo embrião do
império, denominada primeira ordem, capitaneada por um novo vilão
instável e impulsivo e a certeza de que no final do episódio VI os rebeldes não
tiveram uma vitória tão completa assim, ficando sempre resquícios do derrotado.
A resistência, equivalente aos rebeldes no poder, mantém um poderio
aparentemente limitado, com naves semelhantes as de 30 anos atrás, mas bem
efetiva em combate. E no final o que fica é a mesma situação de sempre: a luz
contra as trevas. Ambas com suas vantagens, desvantagens e tentações. De que
lado você ficará? Que a força esteja com todos!
Atores Mark Hammil e Carrie Fisher em 1977 e 2015 respectivamente.



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